A Biodiversidade Brasileira em Foco

Dos dias 15 de janeiro a 15 de fevereiro foi realizada uma expedição para o Parque Nacional da Serra da Mocidade com o objetivo principal de realizar um levantamento da fauna e da flora da região. A expedição foi realizada em parceria do INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e CMA – Comando Militar da Amazônia. A empreitada foi capitaneada pelo renomado Ornitólogo e pesquisador do INPA Mário Con-Haft, que contou com a ajuda de aproximadamente 50 pesquisadores das mais diversas áreas da biologia, como: entomologia, botânica, mastozoologia, ictiologia, ornitologia e herpetologia.
            O Parque Nacional da Serra da Mocidade corresponde a um grande maciço de montanhas atingindo até 2 mil metros de altitude, localizado a 70 km da cidade de Caracaraí, no Estado de Roraima.  
  
Parque Nacional da Serra da Mocidade (Foto: Taylor Nunes).


Por ser uma área remota e de difícil acesso, a região permanece praticamente intocada e sem a presença do homem, o que é um ponto superpositivo no que diz respeito a conservação, pois a presença do homem significa destruição e degradação. Como citado anteriormente a região é composta por uma cadeia de montanhas com altitudes variadas, podendo chegar a 2 mil metros, considerando o isolamento da região e a altitude que de certa forma funciona como um “produtor de espécies”. Esses dois fatores fazem da Serra da Mocidade uma área com provavelmente muitos casos de endemismo e consequentemente com muitas espécies ainda não descritas pela ciência. Diante disso, durante os quase 30 dias de trabalho de campo na Serra da Mocidade os pesquisadores coletaram e catalogaram aproximadamente 1500 exemplares de animais e plantas, desse total 5% corresponde a espécies novas e não conhecidas pela ciência. Esse número é simplesmente extraordinário, uma vez que, de acordo com o próprio Mario, que já participou de dezenas de expedições na Amazônia, nunca tinha visto um número tão expressivo no que diz respeito ao encontro de novas espécies em uma única expedição. 


   O pesquisador Mário Con-Haft, apresentando uma nova espécie de pássaro encontrada durante a expedição (Foto: Antônio Lima)
                                                         
O saldo final da expedição foi o encontro de cerca de 80 novas espécies no geral, um destaque especial deve ser dado ao grupo dos insetos, uma vez que, só de insetos foram 22 novas espécies encontradas. As outras espécies encontradas estão divididas em plantas, e os outros grupos zoológicos. Esses resultados mostram que a Amazônia é um local que ainda tem muito a se descobrir (o que não é novidade), mas, mais do que isso é um local que deve ser preservado a qualquer custo, já está na hora do povo brasileiro atentar para toda essa riqueza natural e passar a efetivamente se preocupar com o futuro da Amazônia.


Por: Romilson Silva Lopes Junior



Dez dicas para começar a observar aves

                Suiriri-cavaleiro, ave que frequenta pastos, gramados e áreas abertas – Foto: Zé Edu Camargo


Bom, se você já pensou um dia praticar o birdwatching e não sabia por onde começar, seus problemas (ou suas desculpas…) acabaram. Aqui está um pequeno guia sobre esta atividade divertida, inclusiva e que pode ser praticada por todas as idades. Vamos lá?

Entomologia - coleta de insetos!






Coletar,  montar e preservar insetos é uma excelente maneira de aprender sobre eles. É ainda uma atividade que pode se transformar num interessante hobbie. Porém temos que ter responsabilidade. Coletar responsavelmente significa coletar apenas o que for necessário, evitar ou minimizar a destruição do habitat e tornar os espécimes tão úteis quanto possível para todos os pesquisadores, fornecendo etiquetas com dados de coleta detalhados.

Criação de Pássaros Silvestres - Sispass


Baixa dos Boletos Anuais da Licença Sispass

Informamos que nos casos em que as baixas automática de boletos bancários  referente a anuidade  Sispass não ocorrerem no prazo de 10 (dez) dias, deverá ser procurado o Ibama mais próximo de sua residência apresentando o comprovante de pagamento e o respectivo boleto para efetivação da baixa manual, nos casos de boletos vencidos anteriores a 2012, deverá ser apresentado CPF, identidade e comprovante de residência atualizado conforme dados declarados no cadastro técnico federal.
Informamos ainda que não haverá mais a baixa manual de boletos por  e-mail  pelo fato de que pelo numero de casos constatados alguns não são recebidos na caixa de mensagem e atrasam a solução.
O Ibama sede esta trabalhando para que a partir do ano de 2014,  as baixas de boleto ocorram automaticamente  sem necessidade de baixa manual.

Gestão de Criadores de Passeriformes Silvestres - Sispass (Download)


O que é um animal silvestre?


Você sabia que o Brasil é um dos países do mundo que mais exporta animais silvestres ilegalmente? É um negócio que movimenta mais de 1 bilhão de dólares e comercializa cerca de 12 milhões de animais anualmente. Uma das maiores ameaças à natureza.

5 crueldades que tartarugas sofrem ainda hoje.

Entenda por que manusear tartarugas marinhas é uma das 10 atrações turísticas mais cruéis do mundo e saiba como ajudar.


As tartarugas marinhas são criaturas solitárias e naturalmente tímidas. Elas nadam milhares de quilômetros ao longo de suas vidas, migrando de um lado para o outro no oceano.
Em cativeiro são impedidas de viajar. Ainda hoje, milhares de tartarugas vivem confinadas em tanques pequenos e são alimentadas com ração ao invés de desfrutar da vegetação natural do mar. Os turistas que visitam criadouros são incentivados a agarrá-las e suspendê-las no ar, submetendo esses animais incríveis a um sofrimento físico e mental.
Como se não bastasse, as tartarugas também servem de "alimento exótico".
Só restou uma única atração do mundo que ainda cria tartarugas para consumo humano e ela fica bem aqui: na América Latina. 
É a famosa Cayman Turtle Farm.
Descubra, abaixo, por que esses animais sofrem:

1. Brigas por espaço em tanques rasos

Em seu habitat natural, as tartarugas marinhas nadam grandes distâncias. Já imaginou o quão cruel é viver aprisionada em um tanque pequeno? Milhares de tartarugas passam suas vidas brigando por espaço no criadouro das Ilhas Cayman. Não há profundidade suficiente para que expressem seu comportamento natural, seja ele mergulhar ou buscar comida. Isso gera muito estresse e faz com que as tartarugas alterem o seu comportamento – mordendo e mutilando umas às outras.

2. Protetor solar e repelentes causam doenças

Repelentes e protetores solares são produtos tóxicos para tartarugas. O contato com turistas as coloca em risco, já que são cotidianamente tocadas e seguradas. Infelizmente, ambos produtos são comuns na América Latina, onde viajantes precisam se proteger do sol e das picadas de mosquitos.

3. O estresse enfraquece seu sistema imunológico


Imagem: Michelle de Villiers

Devido à sua timidez natural, as tartarugas sofrem muitíssimo estresse ao serem seguradas. Esse estresse enfraquece seu sistema imunológico e aumenta as chances de contrair doenças.

4. Fraturas e unhas arrancadas

Quando um turista segura uma tartaruga marinha, o animal tende a entrar em pânico e agitar suas nadadeiras em desespero. O que, infelizmente, pode causar fraturas e unhas arrancadas. 

5. Cascos quebrados

Para completar, muitos turistas têm dificuldade de segurar tartarugas assustadas e acabam deixando-as cair. Isso ocasiona sérias lesões, incluindo rachaduras no casco – que podem ser fatais para tartarugas marinhas. 

Tartatugas merecem uma vida melhor

Como todos os animais silvestres, as tartarugas marinhas têm direito a uma vida livre de sofrimento. Queremos que lugares como a Cayman Turtle Farm sejam transformados em centros de reabilitação e educação sobre a espécie, como o observatório para tartarugas marinhas Kélonia, na ilha da Reunião que imita as condições do habitat natural das tartarugas.